Dicas

COMO COMEÇAR UMA COLEÇÃO DE MOEDAS

  As moedas tanto as antigas como as modernas, são colecionáveis tanto pelo seu valor artístico como por simples prazer e passatempo.
   O número de colecionadores são milhões em todo o mundo. Eles buscam acima de tudo a beleza, a raridade e a história que cada moeda contém.
   O valor de mercado de qualquer moeda é determinado pela lei da oferta e da procura.
   Outro elemento essencial é o estado de conservação das moedas. Uma moeda tem o seu valor, enquanto peça de coleção, aumentando ou diminuindo conforme o seu Estado de Conservação, vê-los AQUI.
   É importante também a aquisição de um catálogo. Os catálogos pré-determinam os valores de negociação o qual varia com o estado das moedas. Por isso é importante como as moedas estão acondicionadas.

   O importante é ter a iniciativa e vontade de começar uma coleção. A mesma deve ser definida por país/região, data/período, material/metal, assunto/tema, ou outros tipos que desejamos desenvolver, como por exemplo:

PAÍS/REGIÃO
   Moedas de um país ou região: Portugal, França, Japão, etc., ou região: Europa, Ásia, União Europeia, etc.

DATA/PERÍODO
   Moedas de uma determinada data ou período: Moedas que foram cunhadas no período entre 1801 e 1900 (século XIX), todas as moedas cunhadas no ano de 2001, comemorativas, monarquia, república, euro, etc.

MATERIAL/METAL
   Moedas de um tipo de material ou metal em que foi cunhada: Ouro, prata, bronze, cobre, bi-metálico, aço, etc.

ASSUNTO/TEMA
   Moedas por assunto ou tema: Barcos, flores, animais, reinados, personagens ilustres, brasões, etc.

   Exemplo de uma coleção: Moedas de prata da Europa, cunhadas entre os anos de 1901 a 2000, tendo como tema animais.
   Portanto, existe uma infinidade de tipos de coleções que podemos determinar, escolha uma ou mais da sua preferência e entre no mundo fascinante da numismática.

MEIOS DE ACONDICIONAMENTO

   Temos várias maneiras de acondicionar e guardar as moedas, tendo em conta que é necessário saber da disponibilidade de gastos para o efeito.
   Nunca guarde as moedas dentro de latas, caixas, sacos de pano ou plástico porque com o tempo vão se desgastando devido ao atrito que ocorrerá entre elas quando manuseadas, e consequentemente os seus valores serão reduzidos por não serem peças em perfeito estado de conservação.
   No mercado existem álbuns que contêm páginas de material plástico (para 6, 8, 10, 12 ou mais peças cada página). NUNCA coloque as moedas nas páginas dos álbuns diretamente em contacto com o plástico, use alvéolos de agrafar (mais baratos) ou alvéolos de colar. Podemos também guardar em envelopes de papel (próprio) uma a uma ou então em tabuleiros com os quais formamos gavetas, com os compartimentos revestidos de veludo onde as moedas podem ficar dentro de alvéolos ou cápsulas, uma ao lado da outra.

   Por exemplo, eu comecei a guardar as moedas em alvéolos de agrafar, e colocava em caixas organizadas, depois conforme foi crescendo a coleção e com tempo, pensei e desenhei um móvel para guardar tudo no mesmo local organizado, acho que ficou muito bom, vejam as FOTOS.
   Esta opção do móvel fica um pouco caro mas no meu caso compensa.

MEIOS DE LIMPEZA

   É muito comum encontrarmos uma ou outra moeda que esteja suja ou escurecida devido ao tempo em que esteve guardada, e nada é mais agradável que uma moeda bonita. Contudo existe muita polémica entre os colecionadores/numismatas sobre a limpeza das moedas.

NÃO LIMPAR? – Por princípio sugere-se não limpar as moedas, porque a cor escura ou a aparente sujeira demonstra a pátina, que é a oxidação natural da moeda devido à ação do tempo e do local onde ela permaneceu até a sua descoberta. Temos vários tipos de pátinas: verde, cinza-azulado, amarelo-ocre, vermelho, preto, etc., onde cada qual determina o local e o tempo em que a moeda esteve guardada, e para a maioria dos colecionadores a pátina também pode determinar um maior valor da moeda quando esta for negociada.

LIMPAR? – Outros colecionadores preferem, ao adquirir as moedas, limpá-las. Utilizam diversos processos, até mesmo químicos. Nunca use palha de aço ou outro qualquer produto de limpeza doméstica para limpar as moedas.

DECISÃO – Cada um é livre de fazer às suas moedas o que bem entender, mas na dúvida não limpe. Se limpar é melhor um simples banho de água limpa e/ou usar sabão neutro, muito suavemente, para tirar qualquer tipo de gordura da moeda e guardá-la sem utilizar qualquer tipo de produto químico ou material que pode danificar, riscar ou atacar o metal, obrigando assim a uma desvalorização da moeda. Se tentar limpar uma moeda, experimente primeiro numa moeda de baixo valor.

VOCABULÁRIO DA MOEDA

   Na numismática normalmente utiliza-se um vocabulário específico para determinar algumas caraterísticas das moedas, que são conhecidos como:

ANVERSO – Face principal da moeda onde se encontra normalmente a efígie de uma personagem a que a moeda se refere (a cara).

REVERSO – Face oposta (a coroa).

CAMPO – Todo o espaço central de uma ou de outra face.

ORLA – Parte da moeda que contorna os motivos e que geralmente traz a inscrição que determina a origem, comemorações, nomes, etc..

BORDO – Superfície curva da moeda que determina a espessura, que pode ser serrilhada, ornada, lisa, com ou sem legendas.

MÓDULO – Diâmetro da moeda

REBORDO – Limite extremo da orla, onde é ligeiramente mais alto que as figuras e legendas, para impedir o seu desgaste rápido.

EXERGO – Parte inferior de qualquer das faces da moeda, que frequentemente traz a data, o local cunhagem, etc..

TÍTULO – Grau de pureza do respetivo metal em que a moeda foi cunhada: cobre, prata, ouro, cupro-níquel, bronze, etc..

SIGLA – Monograma com as iniciais do gravador.

PROVA – Moeda cunhada para aprovação.

VALOR LEGAL – Valor dado por Lei para que com ele a moeda possa circular.

LETRA MONETÁRIA – Letra ou sinal que indica a casa da moeda onde foi cunhada.

CONTRAMARCA OU RECUNHO – Moeda que passa por outro processo de cunhagem. Um carimbo que modifica o seu valor ou torna a moeda de âmbito nacional no país que a marque.

Existe mais uma infinidade de vocábulos numismáticos que com o tempo vamos descobrindo, assim que se for aprofundando na numismática.

Texto retirado do Fórum de Numismática.